Categorias
Blog

Você sabe o que é neuropsicologia?

Introdução

É comum que muitas pessoas apresentem essa dúvida, não se preocupe, afinal não é uma profissão tão comentada quanto a de um psicólogo propriamente dito. Aliás, se você quer saber mais sobre o que faz um psicólogo e como ele atua, clique aqui que temos um post completo sobre o tema! Portanto, a fim de explica-los(as) o que é neuropsicologia ou qual profissional recorrer para auxiliar você e sua família a terem um melhor bem-estar, continue lendo que a conversa de hoje será bem construtiva!

Como atua o neuropsicólogo?

Em primeiro lugar vale ressaltar um pouco da história da neuropsicologia para que entendamos melhor como o profissional atua. Sendo assim, a neuropsicologia é sobretudo uma ciência que começou o seu processo de nascimento no século XVII (17), principalmente após a publicação de trabalhos de grandes pensadores daquele período, como René Descartes. Ainda assim, ela passa a surgir como uma ciência (com métodos e estruturas) na primeira metade do século XX à partir das obras e pesquisas de Alexander Romanovich Luria, entre outros.

Dentro disso, observa-se que a neuropsicologia naturalmente faz parte da psicologia, e ao mesmo tempo, integra uma especialidade da ciência que anda lado a lado com a neurologia (em suma, a especialidade médica que identifica e trata distúrbios estruturais relacionados ao sistema nervoso). Sendo assim, o profissional de neuropsicologia deve em um primeiro momento obter a graduação em psicologia para então se especializar no tema. Além disso, é necessário que o profissional comprove o conhecimento adquirido para obter o título com o Conselho Federal de Psicologia.

Portanto, o neuropsicólogo atua não só avaliando, mas também investigando, criando hipóteses diagnósticas, e por sua vez, criando a melhor forma de tratamento para o(s) paciente(s).

Como funciona a avaliação neuropsicológica?

É aqui onde o neuropsicólogo investigará as funções cognitivas do paciente, incluindo não apenas linguagem como também suas funções executivas, memória e atenção. Para tal, o profissional entrevista não só o paciente como também seus familiares, aplicando exames de imagem, testes e escalas. Desse modo, depois desse processo o profissional é capaz de criar e apresentar um relatório do perfil neuropsicológico do indivíduo.

É importante ressaltar que o neuropsicólogo não diagnostica, ele pode no máximo criar hipóteses diagnósticas, já que quem faz o diagnóstico final é um médico. O neuropsicólogo portanto aborda as dificuldades e habilidades do paciente, e é com base nisso que o médico fecha um diagnóstico.

Isso não torna o trabalho do neuropsicólogo menos importante, pelo contrário, é através da avaliação feita por esse profissional que se tem a união da personalidade com as capacidades cognitivas do paciente. Isso é fundamental no que se trata de identificar, acompanhar e tratar transtornos de personalidade que são acompanhados de déficts cognitivos. Desse modo, alterações no humor ou quadros de depressão e ansiedade também podem causar déficit cognitivo, ressaltando a importância do profissional.

Então o neuropsicólogo pode propor um tratamento?

Sem dúvidas, após o diagnóstico o neuropsicólogo não só pode como deve indicar o melhor planejamento para tratar o paciente. Dentro desse planejamento, a fim de promover o próprio profissional pode atuar no tratamento, ou, caso ele(a) ache necessário pode encaminhar o paciente para profissionais indicados, tudo dependerá do caso. É com base no tratamento que o neuropsicólogo irá trabalhar o que está em déficit e aprimorará as habilidades que o paciente já possui. É sempre importante ressaltar que, embora o profissional possa atuar dessa forma, caso o paciente precise de medicamentos, quem pode prescrever e indicar os melhores remédios é o médico.

Quando devo procurar um neuropsicólogo?

No que se trata a sintomas ou sinais ligados à problemas que envolvem emoções, pensamentos ou comportamentos, é aí que se deve procurar um neuropsicólogo. Já quando a criança (ou adolescente/adulto) apresenta quadros ou queixas físicas, deve-se procurar um clínico geral. Claro, a união dos dois profissionais pode fazer toda a diferença no tratamento. Com base nisso, conforme dito acima, tanto o clínico geral quanto o neuropsicólogo proporão um diagnóstico inicial e indicarão o melhor tratamento ou encaminhamento para profissionais de outras áreas, como um(a) psiquiatra, neurologista ou até mesmo o próprio neuropsicólogo.

Ainda assim, existem alguns sinais que indicam a necessidade de procurar um neuropsicólogo. Se o indivíduo possui prejuízos na cognição que interferem nos relacionamentos pessoais, no trabalho, escola ou rotina diária, é uma boa recomendação procurar um neuropsicólogo.

Caso o paciente tenha passado dos 60 anos de idade e comece a apresentar problemas de memória, por exemplo, é necessário investigar para fazer o tratamento o quanto antes, já que pode se tratar de quadros degenerativos progressivos.

Onde eu posso encontrar neuropsicologia para minha família?

Nós da clínica Religare possuímos os melhores profissionais para acolher você e sua família. Contamos com uma equipe de avaliação que irá analisar minunciosamente o caso individual de cada um e propor o melhor tratamento. Além disso, não só contamos com neuropsicólogos como também psicólogos com abordagem ABA e que aplicam psicoterapia em pais, cuidadores ou familiares (afinal todos merecem a promoção do bem-estar e saúde, né?). Também contamos com Psicopedagogos, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólgoos, Musicoterapeutas, Psicomotricistas, Fisioterapeutas e Hidroterapeutas, tudo para que todos, através de uma abordagem interdisciplinar, tenham melhorias em todos os âmbitos da vida.

Ademais, outro diferencial da Religare são nossos equipamentos! Possuímos a melhor tecnologia do mercado para oferecer à você e sua família o melhor desenvolvimento possível. Você já ouviu falar na Mesa Educacional Alfabeto? Somos a primeira clínica do mundo a utilizar dessa tecnologia para tratar crianças com as mais diversas síndromes ou transtornos! Para saber mais clique aqui.

Gostou do nosso conteúdo e quer agendar uma visita? Faça isso agora mesmo através do número (11) 4319-2522, será um prazer recebe-los(as). Aguardamos vocês!

Categorias
Blog

O Transtorno do Espectro Autista é considerado uma Deficiência?

Quando se trata de reconhecer, lutar e agir com base nos direitos das pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) muitas vezes resultados são obtidos, mas juntos deles tende a surgir muitas dúvidas. Primeiro de tudo, o que é deficiência?

É importante ressaltar que deficiência não é doença e, portanto não há cura, só existe cura para aquilo que é doença. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), deficiência está atribuído a uma “anormalidade”, perda de uma estrutura ou função seja ela fisiológica, psicológica ou anatômica. Portanto, está interligado à biologia humana. Sendo assim, a pessoa com deficiência (PcD) aquele(a) com um ou mais problemas de funcionamento ou de parte anatômica, englobando dificuldades de percepção, locomoção, pensamento ou relação social. É importante lembrar que a PcD pode ser portadora de uma única deficiência ou deficiências múltiplas. Dentre os tipos de deficiência incluem-se:

  • Deficiência Motora e/ou Física:

Trata-se de uma disfunção motora ou física que pode ser tanto congênita como adquirida. Ela afeta o indivíduo no âmbito da mobilidade, fala ou coordenação motora. Ela ocorre devido a lesões neurológicas, ortopédicas, neuromusculares ou em decorrência de má formação.

  • Deficiência Auditiva

Trivialmente conhecida como surdez, trata-se de perda parcial ou total da capacidade de ouvir, tratando-se portanto de um problema auditivo. Parcialmente surdo é aquele onde há a capacidade de ouvir, mesmo que não em totalidade, com ou sem prótese auditiva. Já surdo é toda pessoa cuja audição não é funcional no dia-a-dia.

  • Deficiência Visual

Aqui há a redução ou perda da capacidade visual em ambos os olhos, sendo algo definitivo e não sendo possível melhora ou correção através de cirurgia, tratamento clínico ou uso de lentes. Entre os deficientes visuais é possível distinguir os portadores de cegueira e os de visão subnormal.

  • Deficiência Mental e Intelectual:

Caracteriza-se pelos problemas que ocorrem no cérebro e que podem levar a um baixo rendimento, entretanto, sem afetar outras áreas ou regiões cerebrais. As pessoas englobadas neste tipo de deficiência são aquelas cujo QI está abaixo de 70 e cujos sintomas apareceram antes dos 18 anos de idade. De acordo com as atuais vertentes pedagógicas, é considerado deficiente intelectual o indivíduo que tem uma maior ou menor dificuldade em seguir o processo regular de aprendizagem e que por sua vez necessita de abordagens educativas especiais.

À vista disso, deficiente é aquele que possui impedimentos a longo prazo de natureza física, intelectual (mental) ou sensorial (visão e audição) que em interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Ser deficiente não é ser doente, é fazer parte, como todos nós, da diversidade social, devendo possuir os mesmos direitos e deveres do restante da sociedade.

Pois bem, tendo dito isso, autismo é deficiência?

Bom, como o próprio termo “TEA” diz, autismo é um transtorno, não uma deficiência ou uma doença. O autismo engloba um transtorno global do desenvolvimento que se inicia na primeira infância, ressaltando sintomas como dificuldade de comunicação e interação social. Claro que alguns autistas podem possuir deficiências, mas tratam-se de comorbidades, não de causas ou consequências do TEA.

Entretanto, mesmo que autismo não seja deficiência, de acordo com o Art. 1º da Lei nº 12.764 do dia 27 de Dezembro de 2012:

“§ 1º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:

I – deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;

II – padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.

§ 2º A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.”

Portanto, no âmbito legislativo a pessoa com autismo é considerada deficiente e possui todos os seus direitos.

Dito isso, abaixo apresentamos o Estatuto das Pessoas com Deficiência, vale a pena conferir:

https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/513623/001042393.pdf

Categorias
Blog

A robótica enquanto tratamento para o autismo

A relação entre o autismo e a robótica

Cada vez mais reconhece-se a importância do diagnóstico precoce de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) para que o tratamento seja feito o quanto antes. Com o passar do tempo, intervenções foram sendo analisadas, estudadas e aplicadas para acolher não somente as crianças como também as famílias.

Entre as intervenções, uma que possui cada vez maior visibilidade é o uso da robótica enquanto tratamento para o autismo. O que acontece é que a robótica não só é acessível, pedagógica e social, como também promove a socialização das crianças desde cedo.

Como sabemos, pessoas com TEA tendem a apresentar dificuldades ao longo da vida no que se trata de interação social e habilidades comunicativas, podendo tornar o interesse das crianças limitados e repetitivos. Além disso, pode haver comprometimento de funções sensoriais dos autistas, ou seja, pode haver maior (ou menor) sensibilidade no que diz respeito ao tocar, sentir, ver, equilibrar ou degustar. Sendo assim, mesmo que a robótica esteja atualmente ganhando notoriedade no tratamento, não é novidade que tal abordagem seja utilizada no âmbito de práticas pedagógicas e sociais.

Da robótica à socialização de crianças autistas

Cada vez mais a robótica assume uma importância social significativa, já que inúmeras tecnologias da área estão se desenvolvendo para promover a qualidade de vida de PCDs (Pessoas com Deficiência), no caso do nosso tema, os autistas (mas afinal, autismo é deficiência? Confira nosso post respondendo essa pergunta clicando aqui).

O que a ciência têm a nos dizer sobre a robótica enquanto tratamento de crianças autistas?

“No que diz respeito a essa patologia a robótica pode estimular o desenvolvimento social e comunicativo do paciente assim como, aprimorar a sua capacidade de aprendizado e de solucionar problemas, como também, diminuir comportamentos que interferem no aprendizado e no acesso ás oportunidades para suas experiências do cotidiano. Uma vez que pesquisas apontam que crianças com TEA sentem mais facilidade na interação com máquinas, pois elas tendem a realizar repetições, o que transmite uma “segurança” aos autistas, (…). Essa interação pode propiciar as crianças uma melhora na prática cognitiva que resultará positivamente no relacionamento com humanos, principalmente no ambiente familiar.” (CONCEIÇÃO, E. C., LEONN, R. V. M., A Robótica como Ferramenta de Auxílio no Tratamento de Criança com Transtorno do Espectro Autista, p.2, Paraíba.)

De acordo com Marina Machado, doutora em psicologia da educação, é através das brincadeiras que se aprende a linguagem dos símbolos, e por consequência, se adentra às atividades sociais, criativas e culturais.

Portanto, as ferramentas robóticas auxiliam as crianças a se sentirem mais confortáveis no âmbito escolar e familiar, ajudando a desenvolver as capacidades críticas, resolução de problemas, a criatividade e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Para ter acesso ao artigo da citação acima, basta clicar aqui.

Exemplos práticos da união entre Robótica e Autismo

Uma pesquisa publicada na revista Science Robotics (Ciências Robóticas) teve ênfase em aprimorar robôs para utilizá-los em terapias com crianças autistas. De cara houve um desafio, se o transtorno engloba um espectro, ou seja, existem diferentes graus de autismo, como fazer um robô que auxilie no tratamento de forma personalizada?

Foi aí que surgiu o machine learning (máquina de aprendizado), um processo de aprendizagem dos computadores que se baseia na inteligência artificial e em reconhecer padrões. O intuito era auxiliar os pacientes a reconhecerem reações e emoções, uma dificuldade que muitos autistas podem ter.

Através desta tecnologia, o robô trabalha em três fases com as crianças: Sensorial, perceptiva e interativa.

No primeiro estágio a máquina realiza a gravação de movimentos, áudios, medições fisiológicas (como temperatura e pressão) e expressões. No segundo estágio o sistema analisa os dados coletados para compreender melhor não só a criança mas seus comportamentos. No último estágio o robô e o paciente interagem, se comunicam e expressam sentimentos e reações através de movimentos, poses e falas.

A aplicação dessa tecnologia no Brasil

Embora essas aplicações ainda não tenham se popularizado, graças a tecnologias como essas, os jovens autistas passaram a compreender melhor as emoções humanas, de forma mais próxima e palpável. É importante ressaltar que não se trata de substituir os robôs pelos profissionais, mas sim de utilizarmos da tecnologia como ferramenta.

Outro caso muito interessante aconteceu em Recife através do Programa Robótica na Escola. Francisco Luiz dos Santos, secretário-executivo de Tecnologia na Educação do Recife, baseou seu projeto em estudos realizados nos EUA, Portugal, Inglaterra e México. O processo é semelhante ao do Science Robotics, onde os robôs possuem atividades e planejamentos específicos para cada aluno.

Os robôs, portanto, passam a “compreender” as necessidades dos estudantes com TEA e através de brincadeiras trabalham questões pedagógicas, passando não só a compreenderem melhor o conteúdo a ser ensinado como também obtiveram desenvolvimento de linguagem, aprendizagem, e passaram a entender melhor as emoções humanas.

Onde posso encontrar terapias que se unem à robótica?

Nós da Religare possuímos todos os equipamentos com a melhor tecnologia do mercado para oferecer aos nossos pacientes o melhor tratamento possível. Nossos terapeutas trabalharão juntos à robótica em prol da evolução dos nossos pacientes, abordando cada um dos temas citados acima.

Além disso, nós contamos com Terapia ABA, Psicopedagogia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia (e cabine), Musicoterapia, Psicomotricidade, Fisioterapia, Hidroterapia e Psicologia para pais, familiares e cuidadores, afinal o acolhimento e a promoção do bem-estar é um direito de todos.

Gostaria de saber mais sobre nós ou agendar uma visita? Entre em contato conosco através do número (11) 4319-2522 e agende agora mesmo! Ficaremos felizes em receber você!