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TEA e a falta de empatia

Provavelmente você já ouviu alguém colocando a insensibilidade como um ponto chave do TEA, mas será que isso é verdade? Descubra aqui se pessoas que possuem TEA são de fato insensíveis.

Pessoas com autismo são insensíveis?

O jargão popular ainda está recheado de frases ora capacitistas ora preconceituosas quanto ao TEA e suas características. Facilmente podemos ouvir aquela frase: Ele(a) é insensível, é meio autista!

Mesmo no meio mais familiarizado, paira a dúvida e existem questionamentos sobre como se dão as reações emocionais da pessoa que possui TEA. Até recentemente, no meio Acadêmico se tinha a ideia de que o autista, no geral, possui déficits na empatia, sou seja, dificuldades para compreender e reagir a emoção do outro.

Geoff Bird, psicólogo, foi o primeiro pesquisador cientista a questionar esta premissa referente a fata de empatia no TEA, isso se deu há 15 anos quando ele e mais dois colegas elaboraram uma forma de investigação que teve como resultado a solução deste enigma. Este trabalho foi publicado em 2010 e mudou a forma de ver a reação do autista.

Em sua experiência, tanto com pessoas dentro do espectro quanto com pessoas que não possuem TEA, a conclusão foi que não há falta de empatia, mas sim dificuldade de identificar/reconhecer as próprias emoções o que consequentemente prejudica a sua capacidade de compreender a emoção do outro!

A esta condição se dá o nome de Alexitimia, que é um sintoma ligado a dificuldade de descrever/identificar/reconhecer/reagir às emoções, sentimentos e sensações corporais.

Como agir diante disso?

Podemos então entender, a partir da hipótese da Alexitimia, que não há falta empatia. O sentimento e a emoção existem, porém, a pessoa que possui TEA demonstra de uma forma diferente da qual pensamos e queremos, e é nossa função compreender isso!

Busque ter empatia e ser paciente!

Entender os sintomas certamente altera a forma como tratamos e o respeito que damos a estas pessoas que são sim SENSÍVEIS.

A partir da próxima semana faremos uma live para conversar sobre este assunto com especialistas na área, fique ligado em nossas redes sociais!

Clínica Religare (@espacoreligare)