A Síndrome de Down, também conhecida como Trissomia do Comossomo 21 pode levar a pessoa diagnosticada a apresentar inúmeras características especificas. Geralmente a Síndrome está associada a dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico. Dentre os acompanhamentos terapêuticos necessários para a Síndrome, um cuidado maior com a questão nutricional também se faz muito presente.
Os músculos de uma pessoa diagnosticada com a síndrome costumam apresentar hipotonia (diminuição do tônus muscular), esta condição pode afetar inclusive o sistema digestivo.
O intestino, por tratar-se de um músculo, possui um movimento natural chamado de “peristaltismo”, que é fundamental no processo de digestão dos alimentos. As pessoas com Síndrome de Down possuem essa força de movimento reduzida, por conta disso, o alimento fica mais tempo por ali, desta forma é mais aproveitado pelo organismo. No entanto, a Hipotonia faz com que o gasto energético destas pessoas seja menor, se levarmos em conta que os exercícios e atividades físicas são menos intensos.
Resumindo, como se gasta menos calorias e se absorve mais nutrientes, é comum que as pessoas com Síndrome de Down apresentem sobrepeso e prisão de ventre.
Deste modo, a educação alimentar é uma alternativa para que as crianças aprendam a se alimentar da maneira adequada. Uma educação alimentar adequada pode evitar problemas no futuro e tranquilizar as famílias.
A alimentação de pessoas diagnosticadas com a síndrome deve seguir os princípios de uma alimentação saudável, além disso:
– Uma dieta fracionada ao longo do dia para evitar exageros;
– Deve-se estimular uma mastigação mais assídua e a ingestão de alimentos de uma maneira não tão apressada;
– Os pais e familiares devem proporcionar um ambiente calmo para que a criança se tranquilize.
O trabalho do fonoaudiólogo se torna assim, cada vez mais fundamental. Refeições equilibradas e planejadas de acordo com a idade, peso, estatura e exames laboratoriais são fundamentais para elevação da saúde e bem-estar da criança.
Existem também, alguns alimentos
específicos que podem contribuir nessa reeducação alimentar. O melão e o
abacate, por exemplo, são uma fonte rica de luteína, que ajuda na capacitação
visual. A vitamina C presente nas laranjas, também pode ser uma forte aliada
por ser rica em antioxidantes. A oxidação gera envelhecimento precoce, as
pessoas com Síndrome de Down já possuem o processo de envelhecimento 50% maior,
deste modo, alimentos antioxidantes podem retardar esse processo. Além disso,
alimentos como frutas vermelhas, alga-marinha, couve-flor,
berinjela, sardinha, vegetais e legumes verdes-escuros, possuem inúmeros
nutrientes capazes de contribuir na dieta de crianças com Síndrome de Down.