Cabines de Fono

O que é o Processamento Auditivo?

Processamento Auditivo Central, é a capacidade do ser humano em decodificar (traduzir) uma informação auditiva, desde a chegada do som até a sua interpretação, realizada pelo tronco encefálico e córtex auditivo. É necessário um bom desempenho destas habilidades para que toda informação sonora chegue ao nosso córtex de forma organizada e assim possa ser interpretada.

TPAC

Um indivíduo comum, que goza de suas perfeitas faculdades auditivas, sem nenhuma e qualquer alteração do Sistema Auditivo Central, consegue realizar a atenção seletiva, discriminação, localização, reconhecimento do som, compreensão, integração e memória auditiva. Porém, muitos pacientes apresentam dúvidas sobre a sua própria audição, tais como:

“Será que eu escuto bem?”

“Acho que tenho perda auditiva.”

“Eu não consigo entender o que eu escuto.”

 

Muitas vezes essas queixas não têm relação com perda auditiva, mas com a dificuldade de compreender uma informação sonora, sendo denominada como um Transtorno do Processamento Auditivo Central. Este distúrbio, popularmente conhecido como TPAC, é caracterizado por afetar as vias centrais auditivas, prejudicando o desempenho de habilidades responsáveis pelo transporte da informação sonora até o córtex cerebral.

Características dos indivíduos com Transtorno do Processamento Auditivo:

  • Tempo de atenção curto;
  • Facilmente distraído;
  • Dificuldade em seguir direção;
  • Comportamento impulsivo;
  • Prejuízo na habilidade de linguagem falada e escrita;
  • Dificuldade de organização e sequencialização de estímulos verbais e não verbais;
  • Tempo de latência aumentado para emissão de respostas;
  • Dificuldades acadêmicas, incluindo problemas de leitura, ortografia e/ou aprendizagem;
  • Dificuldade em aprender uma língua estrangeira.

Objetivo da Avaliação

  • Identificar inabilidades auditivas que causam impacto na vida do indivíduo;
  • Diagnóstico diferencial: TDAH, déficit cognitivo, distúrbio de aprendizagem e psíquico;
  • Acampamento da maturação auditiva;
  • Direcionamento terapêutico.

Terapia de Cabine

Na terapia de cabine da Religare, são realizadas atividades acústicas para desenvolver, fortalecer e aperfeiçoar as habilidades auditivas, enfatizando aspectos como:

  • consciência fonológica;
  • estimulação unilateral e bilateral;
  • dessensibilização de fala em presença de ruído; 
  • atenção seletiva e escuta direcionada;
  • discriminação de padrões temporais de frequência, intensidade e duração;
  • memória e rotulação linguística.

A realização desses exercícios com frequência e periodicidade é capaz de modificar as estruturas cerebrais, alterando e fortalecendo as redes neurais, melhorando habilidades auditivas específicas, além da memória e da atenção auditiva.

Benefícios da Terapia de cabine:

  • Melhora a clareza do som;
  • Aumenta a velocidade de processamento de informações;
  • Estimula conexões no córtex auditivo;
  • Melhora a compreensão linguística e uso espontâneo de maior vocabulário;
  • Melhora ligações auditivas e visuais;
  • Melhora a eficiência do corpo caloso;
  • Estimula e integra de todo o cérebro através do uso de melodia complexa, ritmo e harmonia;
  • Integra o hemisfério direito com entradas multissensoriais através do cerebelo;
  • Ativa vias auditivas eferentes;
  • Melhora a memória auditiva.

Referências bibliográficas:

Pascual-Leone A, Amedi A, Fregni F, Merabet LB. The plastic human brain cortex. Annu Rev Neurosci. 2005;28:377-401.

Musiek FE, Chermak GD, Weihing J. Auditory Training. In: Musiek
FE, Chermak GD. Handbook of Central Auditory Processing Disorder,Plural Publishing, 2007.

Musiek FE, Shinn JMS, Hare CMA. Plasticity, Auditory Training and Auditory Processing Disorders. Semin Hear. 2002;23(4):263-75

Fujioka T, Ross B, Kakigi R, Pantev C, Trainor C. One year of musical training affects development of Auditory Cortical-evoked fields inyoung children. Brain. 2006;129(10):2593-608
(Central) Auditory Processing Disorders – Working Group on Auditory Processing Disorders – ASHA (2005).
de de aprendizagem), não é resultado destes transtornos.’’ ASHA (2005).