top of page
Foto do escritorKauã Vitor

Uma breve cronologia do TEA.

A expressão “autismo” foi utilizado pela primeira vez em 1911, pelo médico suíço Eugen Breuler.


Com esta expressão o médico propunha dizer que alguns de seus pacientes apresentavam algumas dificuldades no que dizia respeito ao contato com a realidade, o que prejudicava a comunicação.


Mais tarde, em 1938, o psiquiatra austríaco Leo Kanner usou a mesma expressão para descrever 11 crianças com comportamento atípico, original e singular, comportamento este que também estava associado a uma certa dificuldade de comunicação e uma dificuldade em estabelecer contato afetivo. Na época, o diagnostico era raro e o tratamento inexistente.


Em 1944, Aspenger descreveu casos de algumas crianças com características semelhantes, apresentando dificuldades de comunicação social, crianças estas que possuíam inteligência padrão, com alguns déficits nas competências socio-comunicativos.


É importante ressaltar que o autismo não é uma unidade, mas sim, um transtorno de desenvolvimento complexo, que tem um ponto de partida comportamental, de etiologias múltiplas e graus variados de severidade, por conta disso, é fácil imaginá-lo como seu nome propõe, um Transtorno do Espectro Autista. Um leque de possibilidades e grau.


No entanto, vale ressaltar que as manifestações comportamentais não definem totalmente o autismo, porém, falam muito sobre ele. As manifestações podem englobar de déficits cognitivos, de comunicação, padrões comportamentos repetitivos e estereotipados e um repertório reduzido de interesses.


Em 1980 o DSM III (Manual Estatístico de Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria), referência na área, instituiu critérios diagnósticos distintos dos habituais para o autismo, tendo uma perspectiva no desenvolvimento. Esta ação fez com que outros transtornos fossem englobados na nova nomenclatura, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e o Transtorno Invasivo Global são exemplos dos transtornos que passaram a ser diagnosticados dentro do espectro do autismo.


No entanto, porque é importante levarmos em consideração a nomenclatura proposta pelo DSM? Trata-se de uma referência que, além de médica, possui um grau elevado de especificidade e de sensibilidades às diversas faixas etárias e singularidades dos indivíduos.


Em 2003, Aspenger deixou de ser um diagnóstico a parte para se tornar parte do grupo pertencente ao Transtorno do Espectro Autista, logo, é considerada uma desordem de nível 1. É importante sempre se ressaltar o valor e a importância de um diagnóstico humanizado e preciso, que leve em consideração as singularidades de cada individuo e que não se baseie única exclusivamente em estereótipos comportamentais que não são capazes de abranger a beleza e a complexidade do Transtorno do Espectro Autista.


Comentarios


room-out-focus.jpg

Vamos crescer juntos,
um passinho de cada vez.

Entre em contato com um especialista e agende sua visita.

Religare Centro de Reabilitação
bottom of page