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PCDs no mercado de trabalho

Carreira de trabalho

Entrar no mercado de trabalho ou desenvolver uma carreira sólida é um desafio para todos e acaba sendo ainda mais desafiador para pessoas que possuem algum tipo de deficiência. No entanto, os motivos que dificultam a evolução profissional delas estão longe de ser apenas as limitações relacionadas apenas à deficiência.

De acordo com uma pesquisa sobre o mercado de trabalho para PCDs, mais de 400 mil pessoas deste grupo estão empregadas. Até aparenta ser um número bem expressivo, porém representa apenas 1% do total de pessoas deficientes no Brasil. Diante deste cenário, notamos que muitos PCDs vivem à margem do mercado de trabalho. Mas quais são os desafios que estas pessoas encontram e como as empresas encaram este grupo? Vamos ver abaixo.

Lei para PCDs no mercado de trabalho

Criada em 24 de julho de 1991, a legislação 8.213/91, também conhecida como a “lei das Cotas”, que foi um avanço para a inserção de profissionais PCDs no mercado de trabalho. Antes este grupo acabava sendo tratado como pessoas sem capacidade de exercer funções ou cargos com alguma responsabilidade nas organizações.

Em 2015, a então Presidenta da República Dilma Rousseff, deu outro passo importante em favor dos PCDs através da Lei 13.146/05, que é chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência. Portanto, com essa legislação este grupo teve sua condição de igualdade nos direitos assegurada, ou seja, eles poderiam competir de igual para igual por uma vaga de emprego com profissionais do mercado que não possuem algum tipo de deficiência.

Entretanto, para garantir a obediência das empresas e oferecer uma competição justa para uma certa vaga, a lei estipulou que organizações com mais de 100 funcionários deveriam preencher as vagas respeitando uma porcentagem reservada especialmente para os deficientes. Como por exemplo, uma empresa com 200 funcionários, pelo menos 2% deste número deve ser ocupado por PCDs.

Quais os desafios que estes profissionais encontram?

As dificuldades encontradas na mobilidade urbana é um incomodo para muitas pessoas e dificuldades como calçadas esburacadas, falta de rampas, transporte ineficiente, para os PCDs, acaba sendo obstáculos que impedem a locomoção cidade, sobretudo conseguir trabalhar.

Um levantamento efetuado pela Catho, com 3.322 entrevistados, expõe que 44% das pessoas deficientes já deixaram de ir a alguma entrevista de emprego por dificuldades de locomoção. Dentre estes obstáculos apresentados para se locomover entre a cidade, 63% foram a qualidade das calçadas, em seguida a falta de infraestrutura acessível e transporte ineficiente e não adaptado, ambas com 36%.

Por que as empresas contratam pessoas com deficiência?

Muitas empresas favorecem o mercado de trabalho para PCDs, começando pelo treinamento destes profissionais e gestores com a capacidade para identificar que este candidato com deficiência pode agregar as suas competências às estratégias da empresa.

Um benefício que a empresa ganha implantando um programa de inserção de PCDs na sua política interna é o comprometimento com os resultados do seu trabalho. Portanto tendo esta percepção as organizações não hesitam em incluí-los no plano interno de carreira, possibilitando o alcance de posições de liderança. O segredo para o desenvolvimento interno é a avaliação do desempenho e não de sua deficiência.

É claro que haverá funções incompatíveis com as limitações do PCD, mas os cargos que podem exercer de forma plena lhes serão disponibilizados. Felizmente, como já dito, há muitas empresas que prezam pela diversidade e igualdade entre o seu capital humano.

Capacitação para PCDs

Atualmente as pessoas com algum tipo de deficiência podem fazer um curso de graduação, especialização e doutorado em diversas áreas, até mesmo a tecnologia fornece ferramentas virtuais que auxiliam os estudos dos deficientes, como o software que verbaliza as informações na tela do computador e permite e navegação por meio da voz.

Outra possibilidade muito eficiente e muitas vezes mais acessível, é o ensino a distância (EAD), principalmente em meio a pandemia do COVID-19 que vivemos, que favorece aqueles que têm alguma dificuldade de locomoção como já dito acima. As aulas são lecionadas online, e o material é todo disponibilizado de forma online.

Há algum tempo, o governo federal criou a Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Assistida para o desenvolvimento de produtos e equipamentos que melhorem a vida das PCDs. Entre eles, estão as ferramentas voltadas para a educação acadêmica.

Aos poucos conseguimos notar uma mudança na maneira de como o mercado de trabalho encara os PCDs. No entanto ainda há um longo caminho pela frente. Precisamos não apenas das leis para o auxílio deste grupo, mas também a conscientização da sociedade em relação ao tratamento e direitos dos deficientes.

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